Meio assim

Se nada faço
Nada sou
Viver é agir
Se não estou em ação
Fico fora de mim
Quase inerte
Meio “assim”
Fora do compasso
Idéias perdidas
Voando pelo espaço
E o meu sentido de ser
Acaba sendo a busca
(impossível)
Por se entender
Mas não há entendimento possível
Sem o fazer
Só vivo
Se faço
E o curioso
É que sempre
É preciso dar
Um primeiro passo
Estar sempre a percorrer
Milhas sem fim
Viver é isso
Andar e agir
Sem parar
É ser o que se é
Sem titubear
Paradoxalmente
Porém,
As vezes agir
É simplesmente esperar
Por isto estou certa
Quando espero sei o que faço
E se acho que não sei
Sinto
Agir sem sentir
É ser apenas metade
É não se permitir estar
E que graça há em viver
Se não for prá ser inteiro?
Ser é tudo isso:
Quase nada!
Uma sucessão de esperas
Ação
E sobre tudo
Sentimento
Agora sinto
Tenho que agir!

Setembro de 2007

Tô meio assim

assim sem saber se tô
dentro ou fora
de mim
saudades banais
idiotas
bestas
loucuras
pensamento
saudades
que sacodem
que emudecem
melhor seria
não ter sentimento
ai tudo seria quase sem fim
mais fora que em mim
razão
ah!
deixa prá lá
é que
tô meio assim

meu corpo

é meu maior brinquedoooo

Vivimento

vida

movimento

vivo

logo me movimento

(IN) consequências

Alucinação:
Devaneio indecifrável
Idéias arrebatadas
Infinita
É a loucura da dúvida
O que esperar que esperem de mim?
Pensamento um mundo concreto
Dissipa-se
Palavras dançam
Outra esfera do viver
Insano mergulho
Fora das rotinas
Tédio inexiste
Longe:
Os aborrecimentos
Os hipócritas
Pecado?
Perfeita imperfeição
Artista perdido
Incrível
Nem do mal
Nem puro
O EU
Arteiro devasso
Feliz
No rosto vento
Entre passos
Cavaleiro
Provocação:
Mescla sedutora de artimanhas com carência
Entre compassos
Urbano
A liberdade é cafajeste
A gargalhada é uma adolescente
Quase irresistível
Desordem:
Sufocante cotidiano
Ansiedade:
Exímio sentimento infantil
Que conduz pra não sei onde
Desprendimento: já não sei
Esquecer o pacto?
Imprudência: sei!
Beijo negado
Vida: sensação entre leveza e caos
E sem querer quase
Alucinação