quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Meio assim


Se nada faço
Nada sou
Viver é agir
Se não estou em ação
Fico fora de mim
Quase inerte
Meio “assim”
Fora do compasso
Idéias perdidas
Voando pelo espaço
E o meu sentido de ser
Acaba sendo a busca
(impossível)
Por se entender
Mas não há entendimento possível
Sem o fazer
Só vivo
Se faço
E o curioso
É que sempre
É preciso dar
Um primeiro passo
Estar sempre a percorrer
Milhas sem fim
Viver é isso
Andar e agir
Sem parar
É ser o que se é
Sem titubear
Paradoxalmente
Porém,
As vezes agir
É simplesmente esperar
Por isto estou certa
Quando espero sei o que faço
E se acho que não sei
Sinto
Agir sem sentir
É ser apenas metade
É não se permitir estar
E que graça há em viver
Se não for prá ser inteiro?

Ser é tudo isso:
Quase nada!
Uma sucessão de esperas
Ação
E sobre tudo
Sentimento
Agora sinto
Tenho que agir!

Setembro de 2007

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