Odeio os lacônicos
Odeio o silêncio e o vazio
Por parte daqueles que tão lindamente me completam
Odeio esse vento barulhento
Que é quase um pedaço de infinito
Gritando perturbadoramente em mim
Não consigo odiar a vista maravilhosa e imensa
Tão imensa quanto às dúvidas
E a imobilidade que há em mim
Mas odeio, por que preciso odiar
Para me sentir mais próxima deste mundo
Tão concreto
E incompleto
Odeio tudo que me emudece
Que me aprisiona
Mas neste instante
Queria apenas a segurança
Da indescritível prisão
De teus braços
O som de tuas palavras
A música de tuas gargalhadas
O afago de teus lábios
Mas também sei que odeio tudo isto
Esta fragilidade humana
De ter que sentir a todo instante
De ter que não querer odiar
Odeio por que sou humana
Transparente
Obediente
Odeio também ter que odiar
Mas como sinto
Me permito
Por inteiro este ódio
A me arrebatar
Rio de Janeiro, 6 de outubro de 2007
Odeio o silêncio e o vazio
Por parte daqueles que tão lindamente me completam
Odeio esse vento barulhento
Que é quase um pedaço de infinito
Gritando perturbadoramente em mim
Não consigo odiar a vista maravilhosa e imensa
Tão imensa quanto às dúvidas
E a imobilidade que há em mim
Mas odeio, por que preciso odiar
Para me sentir mais próxima deste mundo
Tão concreto
E incompleto
Odeio tudo que me emudece
Que me aprisiona
Mas neste instante
Queria apenas a segurança
Da indescritível prisão
De teus braços
O som de tuas palavras
A música de tuas gargalhadas
O afago de teus lábios
Mas também sei que odeio tudo isto
Esta fragilidade humana
De ter que sentir a todo instante
De ter que não querer odiar
Odeio por que sou humana
Transparente
Obediente
Odeio também ter que odiar
Mas como sinto
Me permito
Por inteiro este ódio
A me arrebatar
Rio de Janeiro, 6 de outubro de 2007
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